Juli 30, 2007

Um monólogo solitário Universal

Dou início a esse monólogo com a minha mente em espiral. Não consigo saber porque certas coisas acontecem comigo no meio do Universo em que vivo. A escrita é um abrigo de idéias quase compartilhadas. Isso porque estou longe de entender o porquê desse amor que tomou o meu coração. A minha segura solidão não se segura em sentimentos vazios.
E o Universo virou ao contrário no momento em que o Amor começou a ser desvalorizado. De minha parte, observo com ênfase no que os meus sentimentos querem me dizer. Mas, geralmente, não posso ouví-los em meio à tantas vozes que se misturam na efemeridade da vida.
Não renego o que sinto, mas sou renegado. Por quê? Questão que assola um eu fundamentado na Verdade. De certo, a mentira passou a ser mais valiosa. Mesmo assim, não consigo enganar o meu coração. E essa travessura tornou-se comum no nosso cotidiano.Todos preferem se enganar, porque se iludem com a Realidade.
Claro que os sonhos são necessários. No entanto, eles devem ter origem em nós mesmos. Ouvir o Outro, então, faz parte desse longo monólogo da vida. E este traz um sofrimento que, um dia, se tornará felicidade. Um sentimento puro que cresceu gradativamente no convívio com quem amamos. Dessa forma, torno-me Pessoa ao construir a minha personalidade naquilo que sempre chamei de "Uno não individual".
Quem me lê, agora, "nesse presente momento", não entenderá o que digo, embora viva um experiência verdadeira. E a Verdade machuca até quando ela nos favorece.
Ich liebe dich, Je t'aime, I love you, Te quiero e eu te amo. Não importa a língua, mas aprendi que essa frase não pode ser dita em vão. Seja pra quem for, o Amor deve ser encarado como a conjunção da vida. E quando revelado com sentimento puro, ele nem precisa ser traduzido. Afinal, uma declaração amorosa é aprendida mais rápido do que qualquer sentença lingüística.
Porém, cada um sabe o jeito de amar e de "se" amar. Isso é viver com sabedoria nessa coletividade individual em que vivemos. Acredito que esse monólogo, então, inverta essa ordem soberba que não adquire a cumplicidade.
Amar-se conscientemente é amar ao Outro, com honestidade, inconscientemente. No jogo de palavras que revela o quanto o sentimento não se expressa por sinais gráficos fúteis. Se escrevo, agora, é porquê me preocupo com o que sinto por amar. Alcanço o Universo, porque o príncipio verdadeiro nunca foi o verbo. Mas, sim, como ele foi conjugado.
Sinto-me triste quando não acreditam em mim. Nunca podemos deixar de acreditar no pouco que o Outro tem a nos oferecer. E a reciprocidade perdeu o seu valor em nossos dias. O mundo está perdido, embora ainda haja esperança de que alguém entenda esse monólogo coletivo. Solitário, abraço a minha luta por um novo dia. Afinal, é o que me resta por nascer de sentimentos verdadeiros.

1 Kommentar:

Anonym hat gesagt…

incrível essa capacidade perceptiva de apreensão do universo.