Oktober 18, 2007

Maldito tempo!

O tempo é um maldito! Talvez tenha sido a minha maior descoberta durante os anos de experiência vivida. Pois só um ser invisível pode anular a capacidade do homem de "ser humano". Idéia que desenvolvi após uma conversa com um amigo na faculdade. E, apesar de me enveredar pelos estudos lingüísticos, adquiri um asco enorme pela abstração humana.
Mas sobrou mesmo para o tempo. "Zeit" em alemão, embora isso não venha ao caso. Afinal, é pelas digressões que alcançamos os vis abstratos. Esses seres tão cruéis que deveriam sempre levar a culpa pela estultíce do homem.
Aí vem o tempo. Convencionado, criado e manipulado pela Sociedade. Verdade? Não sei. Só sei que os minutos, em que escrevo esse texto, passam por um turbilhão de lembranças e de experiências seculares. Por favor, matem os físicos que acreditaram, em algum momento, na precisão do tempo! Entretanto, são felizes por não precisarem, atualmente, de poesia.
Houve um momento na história em que alguns cientistas usavam da melodia dos escritos latinos para exporem as suas descobertas. Veja, então, no que aconteceu com a gente! Somos, impulsionados, a cada milésimo de segundo, por uma nova descoberta prosaica.
Percurso natural do gênero poético que, em vários momentos literários, abriu o seu espaço para a prosa. Embora os estudos literários nunca serem precisos como o tempo. Desconfio muito de quem consegue diferenciar o romantismo do modernismo e esquecer a distância existente entre os modernos e os românticos. Mas tudo é culpa do tempo em que alguém possa disfrutar de horas de leitura.
Ter tempo significa não tê-lo. Mas isso é muito prejudicial para o óscio criativo. Outro ser que não pode ser visto ou medido. Abaixo à abstração e à ignorância de nosso tempo. Boa época aquela do latim em que "time wasn't money" e sim, "Veritatem aperit dies". Enfim, não se preocupava em ser medido com a revelação de uma verdade indefinida. Mas aí precisaria de tempo para essa outra história.

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