As lágrimas não são dor,
Como dizem por aí.
São o bater das asas de uma condor,
Que não tem limite.
Elas só aparecem
em momentos propícios.
E não se esquecem
os seus martírios.
Mas esses não são sofrimento,
Como costumam dizer.
É o verdadeiro “desvelamento”
Do ser.
Ser feliz, ou alegre,
No pequeno despejo de água.
Embora possa ser uma tristeza,
há muito tempo guardada.
Certa é a nossa libertação
nesse momento indecifrável.
Onde a única certeza é a emoção
De um sentimento renovável.
Choro quando posso
E quando devo.
Mas não as controlo,
porque não mereço.
As lágrimas expressam
o que há de mais puro do ser sensível.
Chovem dentro de nosso coração
Para dizer o que é indizível.
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