November 09, 2005

Reflexão


No momento, posso apenas publicar esse meu texto antigo que parece refletir o perído pelo qual estou passando... É hora de uma reflexão sobre o que somos e o que fazemos de nossa vida....

Edificação Humana

Um mundo assustado apresenta-se a cada dia, deixando-me mais perplexo do que já sou. Percebo as pessoas divididas entre a razão e a subjetividade. Assim, existem alguns que têm um projeto para a humanidade e os que desistiram da humanidade.
Outro fato curioso é a união freqüente dessas características nessas pessoas, instigando nos homens uma pseudo-dicotomia; cujo sistema consiste em desestruturá-los.
Tenho, portanto, muitos amigos que pensam ter um ideal para a mudança do vil processo de espoliação atual, ao racionalizarem suas ações em prol de uma meta.
Ora, vejo o racional perdido no poder. Sem entender a viagem ao intrínseco necessária para conseguir a chave do pensamento encadeado. E quem conhece a si mesmo, aceita o outro.
E aceitar o outro, não quer dizer concordar com a opinião alheia; mas empregar o verbo do início desse parágrafo. Podendo, assim, retomar a razão e incluir uma crítica à informação ou declaração ouvida.
Também, não posso esquecer o outro caso, que creio ser o mais profícuo; embora apresente um ponto fraco.
O homem sensível, no bom sentido da palavra, carrega a vicissitude do saber. Pois sabe tocar o coração alheio com assaz eloqüência e têm amigos em toda parte, mesmo sem perceber. É perspicaz ao máximo, sem se dar conta; porque lhe falta a razão. Ela torna-se imprescindível na distinção dos amigos.
A sensibilidade, ainda que seja forte, deixa-o frágil e, conseqüentemente, é usada pelos capadócios que se aproximam sem serem reconhecidos. Falta-lhe a sistematização da racionalidade.
Nos dois exemplos, enfim, fica comprovada a complexidade da vida humana. Isso se agrava no meio em que vivemos. Somos doutrinados, desde cedo, à obedecer normas e padrões, quando ainda estamos preparando a nossa sensibilidade a fim de entender o nosso mundo.
Um salto funesto e violento que deixa marcas perenes no âmago de um ser. esse homem, já adulto, não equilibra os seus sentidos. O que o faz, conseqüentemente, perder a capacidade infinita de criatividade do imaginário humano. Além de optar por um modelo satisfatório de vida, seja ele emotivo ou racional.
Torna-se sisudo ou alegre. Mau-humorado ou puro humor, uma vez que não diferencia as situações de felicidade e serenidade, desconstruindo sua personalidade a cada segundo.
Em vista disso, deve-se resgatar o processo de edificação humana. Um humano deve partir da auto-afirmação ao conhecimento e não, o inverso. Senão, permaneceremos colocando, no mundo, pessoas incapazes de reger qualquer coisa: a si mesmas ou um Estado-Nação.

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