Em alguns momentos, precisamos deixar que a escrita "fale" o que o coração reteve por muito tempo. Decepções, mágoas, alegrias ou qualquer outro tipo de sentimento que não pôde instaurar-se no seu devido instante.
Isso acontece devido a nossa ingenuidade. Sempre acreditamos que as nossas emoções são controláveis como o pensamento. E esquecemos, então, que nem mesmo a razão pode ser racional. A minha escrita presta um serviço enorme à essa hipótese. Tento lutar, a cada minuto, contra esse "escritor" que insiste em censurar o que quero expor.
Na verdade, queria poder dizer à ela o quanto me perdi por amar. Escrevi acrósticos, textos e poesias com um nobre objetivo: conquistar a minha amada. Mas creio que não soube discernir o que era fantasia ou realidade.
Essa armadilha (repito) só acontece com os ingênuos. Ela, por sua vez, não entendeu a escrita e me cobrou (com razão) a realidade. Não sei o que aconteceu depois. Entre a fantasia e a realidade, optei por Ela sem pensar. A amada dos meus sonhos. Talvez o equívoco tenha ocorrido aí! Qual seria o limite entre os meus sonhos e a presença dela?
E, mais uma vez, fiquei sem resposta. A musa escolheu me deixar com uma chaga muito dolorosa no coração. Cobrou-me aquele instante que parecia tão pequeno diante do amor sentido por ela.
Quis chorar, mas não consegui. Engoli as lágrimas de uma decepção pouco esclarecida. Afinal, não tínhamos nada a dizer. Agora, tento arduamente grafar, nesse texto, os rastros que você deixou em minha alma. Passos largos que foram dados em poucos instantes.
Já não consigo me libertar do meu pensamento. Também sei que não há nenhum culpado nessa história e isso dói. Essa dor vem da simples constatação de que o destino virou as costas para a gente. Separou-nos no primeiro momento em que nos vimos.
Sofri muito, enquanto pensava em você. Olhava, com esmero, e procurava lhe entregar o que havia de melhor em mim. Não eram palavras ou coisas concretas. Existia algo que vinha da mesma fonte em que esse texto se alimentou. No entanto, o maior dilema estava na escolha feita por mim. Sempre existiria esse amor incondicional capaz de me afastar do mundo para tê-la por perto.
Tudo isso me trouxe mudanças irreparáveis em meu Ser. Tenho medo de usar metáforas e de ser mal compreendido. Ainda a vejo, todos os dias, quando pego um livro, em volta das figuras bem editadas. A escrita, realmente, tornou-se parte da minha vida, embora o arrependimento apareça na lembrança daquele mágico instante.
5 Kommentare:
Amor incondicional , talvez , seja o maior erro .
a escrita é um dom. e como qualquer outro, é difícil, árduo e trás chagas irreparáveis. Não deixe que as falsas derrotas te derrube. ame o amor que está em você e só em você está toda a chave para a felicidade. E use-se, sim, das palavras. porque poetas são os outros, nós somos humanos.
Não entendi o que a Clarissa disse. Não há erro em amar alguém incondicionalmente, porque um sentimento nunca está condicionado a algo. Apenas sentimos.
Já para você caro Lean, em momento algum me deixei levar por falsas derrotas. O texto não diz isso. Muito menos, desprezei a escrita. Só quis mostrar o quanto as palavras podem nos ludibriar em determinados momentos porque elas não são passíveis de controle. E ser humano é entender isso. Bom, agradeço o seu comentário, mas tenho certeza de que deveria ler o texto de novo e não falar de modo equivocado sobre ele.
um abraço,
Rômulo
ahh.. tô com preguiça.. rss
mas de qq forma, vlw pelo bizu..
abraços!
Para o Lean:
Cara, qual é a sua? Tá com preguiça, então sai desse blog. Se você veio para deixar comentários ridículos e posar de sábio, não está no lugar certo. Comente o texto e só.
um abraço,
Rômulo
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