
Queria que as pessoas entendessem a psicologia como uma ciência desprovida de metáforas ou falsas interpretações. E essa pesquisa da alma, proposta por ela, pode nos trazer problemas se não entermos um único fato: -Cada um com sua cruz! Como diria o meu colega Fabiano Morais. Isso, em outras palavras, seria o entendimento de algo que nem mesmo a Psicologia soube resolver: A problemática do Eu.
Assim, quando escrevo, ainda mais sobre esse assunto, não quero que a minha opinião seja a única, embora queira que ela seja respeitada. Para mim, aí está o problema, respeitá-la seria propor um diálogo entre o que penso e o que pensam sobre o meu pensamento. Tal idéia é antiga e diversos pensadores já falaram sobre a mesma com o nome de dialogismo.
Entretanto, não dialogamos somente com aqueles que corroboram com a nossa opinião. Fico irritado, por exemplo, quando alguém não quer ouvir a minha fala porque desaprova o meu pensamento. Ora, se há diferenças, precisamos discutí-las. Aí, voltamos ao EU.
Benveniste já fez um alerta sobre a criação desse pronome em todas as línguas. Esse vocábulo ingênuo gera a falsa ilusão de que há uma unidade em nossa personalidade. Mário de Andrade proclamou que seria trezentos em um! E mais outras pessoas, literatos ou não, comprovam-nos a importância de entendermos que o Uno não é individual.
Talvez isso tenha feito Freud perde-se na própria psicanálise e deixar para sociedade uma confusão ainda maior do que havia encontrado. O alemão também se perdeu no labirinto do Ego, essa figura que cresce assustadoramente em nossa Sociedade Narcisista.
Falo, com propriedade, por saber que o tempo constrói quem sou. A noção de Eu é tão vaga quanto aquele vento que sopra, ocasionalmente, pela janela de nossos quartos. Se todos nós tivéssemos certeza de quem somos, os próprios psicólogos não fariam uma análise após a obtenção do título. Vejam que até os investigadores da alma humana estão perdidos em si.
Por isso, não busco respostas. Queria apenas ver cada Eu ser respeitado com todas as suas características. Ninguém vai entender mesmo o que um Eu-lírico disse em sua poesia, mas as pessoas têm a péssima mania de cobrar uma racionalidade solene ao eu! Vivemos apenas. E viver é errar no meio de nossas tentativas em entender, ou seja respeitar, a alma do outro. Para isso, fazemos um exercício semelhante ao da Psicologia em nosso cotidiano. Mas com cuidado para não nos perdemos em nosso próprio Eu.
Assim, quando escrevo, ainda mais sobre esse assunto, não quero que a minha opinião seja a única, embora queira que ela seja respeitada. Para mim, aí está o problema, respeitá-la seria propor um diálogo entre o que penso e o que pensam sobre o meu pensamento. Tal idéia é antiga e diversos pensadores já falaram sobre a mesma com o nome de dialogismo.
Entretanto, não dialogamos somente com aqueles que corroboram com a nossa opinião. Fico irritado, por exemplo, quando alguém não quer ouvir a minha fala porque desaprova o meu pensamento. Ora, se há diferenças, precisamos discutí-las. Aí, voltamos ao EU.
Benveniste já fez um alerta sobre a criação desse pronome em todas as línguas. Esse vocábulo ingênuo gera a falsa ilusão de que há uma unidade em nossa personalidade. Mário de Andrade proclamou que seria trezentos em um! E mais outras pessoas, literatos ou não, comprovam-nos a importância de entendermos que o Uno não é individual.
Talvez isso tenha feito Freud perde-se na própria psicanálise e deixar para sociedade uma confusão ainda maior do que havia encontrado. O alemão também se perdeu no labirinto do Ego, essa figura que cresce assustadoramente em nossa Sociedade Narcisista.
Falo, com propriedade, por saber que o tempo constrói quem sou. A noção de Eu é tão vaga quanto aquele vento que sopra, ocasionalmente, pela janela de nossos quartos. Se todos nós tivéssemos certeza de quem somos, os próprios psicólogos não fariam uma análise após a obtenção do título. Vejam que até os investigadores da alma humana estão perdidos em si.
Por isso, não busco respostas. Queria apenas ver cada Eu ser respeitado com todas as suas características. Ninguém vai entender mesmo o que um Eu-lírico disse em sua poesia, mas as pessoas têm a péssima mania de cobrar uma racionalidade solene ao eu! Vivemos apenas. E viver é errar no meio de nossas tentativas em entender, ou seja respeitar, a alma do outro. Para isso, fazemos um exercício semelhante ao da Psicologia em nosso cotidiano. Mas com cuidado para não nos perdemos em nosso próprio Eu.
3 Kommentare:
A grandes questão é se dscobrir quem siu EU. De que material fui feita? Quanto eu preciso pra ser feliz e de quê.
Saber que és, esse sim é o grande dilema!
Muito obrigado por sua opinião. Mas ainda acredito que devemos buscar apenas uma essência e isso não tem a ver com quê material somos feitos. Há algo além da matéria que devemos "deixar fluir" em nosso ser. Pois quanto mais procurarmos essa identidade, mais nos perderemos na ilusão do EU. Construímos o que somos atrávés do tempo e das experiências. Por isso, dificilmente, sabemos o quanto e de que precisamos para ser felizes, uma vez que até os nossos gostos se alteram na linha da vida. Enfim, não existe um grande dilema e, sim, diversos dilemas. Sei que isso é confuso e filosófico, mas é o que penso a respeito. Irei pensar, também, no que você falou.
Um abraço,
Rômulo
Concordo que a busca de respostas incompreensíveis não ajudam muito e que este tipo de questão sempre existirá a nos intrigar e aos que vierem depois de nós.
abração
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