Mai 20, 2008

Acompanhando a vida

Taí, a vida me ensina umas coisas. Uma delas foi a de que não devo parar o meu tempo para ouvir quem não quer ser ouvido. Afinal, algumas pessoas mudam, mas não conseguem revolucionar a própria vida.



E foi sobre isso que comecei a pensar na volta da viagem de Volta Redonda. Percebi que hoje não sou nem um terço do que era no ínicio desse ano mesmo, enquanto alguns continuam a sua rota sem perceber tais mudanças. Isso é revolucionar-se.



No entanto, demorei muito a perceber que não posso me "intrometer" nesse processo, uma vez que a minha personalidade sempre teve uma essência mutável. Talvez pelo fato de corajosamente seguir a vida, sem olhar para trás. O que me fez hoje entender o porquê de muita gente não me entender.



Afinal, esforço-me há muito tempo para encontrar uma unidade em meu ser e dizem que isso é coisa de signo, embora acredite pouco no que dizem por aí sobre ele. Faça, então, uma análise de tudo o que o meu mapa astral diz e me diga se isso formaria uma pessoa normal..



Sol em virgem, lua em peixes, mercúrio em virgem, vênus em leão e para completar um ascendente em sagitário. Ah..não posso esquecer da tal cúspide em Libra. É..veja que salada..água, terra, fogo e ar..Na lógica dos fanáticos de plantão, deveria ser uma pessoa totalmente desequilibrada..mas sei lá..dizem que todo maluco não reconhece a própria loucura..rs




Louco não, mostrei o meu mapa astral para revelar o quanto somos capazes de nos distanciar do que a vida nos reserva. Isso me fez andar por vários rumos dessa vida, sem questionar para onde iria. E não consigo, até hoje, entender o porquê de ter habilidades com informática, com a biblioteconomia ou ter uma certa habilidade para aprender sobre coisas que muita gente não gosta.


Nas línguas estrangeiras, comecei a ler espanhol, interessei-me muito tarde pelo inglês e adoro o alemão, enquanto à outras tenha tido uma certa facilidade para entender o que os outros me falam. Um colega certa vez me perguntou se sabia francês, porque troquei meias palavras com uma amiga do grupo de filosofia.
Enfim, esses exemplos são para dizem que não consigo entender essa constância que as pessoas nos cobram na vida. A minha essência não pode ser apreendida por meia dúzia de palavras, porque "A fala é uma poesia esquecida." E isso é muito mais complexo quando tentamos tomar uma atitude poética de nossas vivências.
É o que minhas paixões me mostraram. Cultivei o amor onde não devia. Ou seja... Aprendi que as pessoas sempre usarão máscaras sociais em relacionamentos e que geralmente demoram a se revelar como são.
Esse é o fato porque desconfio de pessoas tão gentis e porque aceito certas atitudes grosseiras de outrem. Pois, tomada as devidas proporções, o tempo pode revolucionar tais personalidades. O que me traz uma postura de acreditar em minha "não-unidade".
A vida nos muda a todo o momento e aceitar a si mesmo é uma grande dádiva para cada humano. Aprendi a amar também a quem me ama sem máscaras com o olhar sincero de que nos ama por nossas qualidades. A revolução produz mudanças que nos solidificam como eternos... Mas, como diria Vinícius, é enterno enquanto dure. Taí o paradoxo de se revolucionar e acompanhar a vida.

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